Reformas e mobilização são caminhos para a retomada da TI no futuro pós-pandemia

21/07/2020

A frase é batida, mas nunca deixou de ser verdade. Em um momento de crises e dificuldades, existem oportunidades para quem estiver preparado. Para o setor de TI, as transformações trazidas pela pandemia do novo Coronavírus representam possibilidades muito além da reestruturação de negócios, mas também podem abrir caminhos para as esperadas reformas que podem deslanchar o crescimento do setor para o futuro.
 
Essa foi a principal mensagem trazida pela economista Patrícia Palermo em sua palestra na primeira edição virtual do Mesas TI, tradicional evento realizado pelo SEPRORGS, reunindo conteúdo e networking para o setor de TI do estado.
 
Segundo a economista,  a pandemia trouxe impactos profundos no cenário econômico a curto prazo, que terão reflexos também no médio e longo prazos. Contudo, ela também pode destravar longas batalhas do setor empresarial, como a reforma tributária.
 
A economista mostrou que a estratégia utilizada por diversos países de achatar a curva da disseminação dos casos por meio do distanciamento social também representa desacelerar a economia. Segundo dados do FMI, o Brasil deverá ter uma queda de 9% em seu PIB para 2020. A pesquisa do Banco Central, apresentada no Relatório Focus, apresenta uma redução menor (em torno de 6%), mas ainda assim muito forte.
 
“Muitos acreditaram que a crise se resolveria em setembro, tanto que muitas das medidas tomadas para mitigar as perdas econômicas previram uma recuperação para o último trimestre. Infelizmente, estamos longe desse cenário”, avalia a economista.
 
Especificamente para o setor de TI, os impactos da recessão em setores como os de serviços e indústria repercutem na forma pela qual os serviços de tecnologia são contratados. Contudo, ao mesmo tempo a tecnologia surge como um grande aliado para entregar a eficiência operacional e a redução de custos que o momento exige. O setor de TI aparece como a solução de viabilização de uma série negócios.
 
Conforme destaca Palermo, há vários desafios aos quais os empresários deverão estar atentos no futuro: a escassez de mão de obra, o aumento da concorrência e as mudanças na legislação.
 
“A maior adoção do home office, assim como o trabalho autônomo, vai aumentar daqui pra frente, e isso abrirá espaço para multinacionais contratarem ainda mais os serviços de profissionais daqui.  Com o câmbio desvalorizado, isso pode representar uma grande vantagem para os contratantes estrangeiros”, aponta Patrícia.
 
Esse alerta se relaciona com outra questão muito comentada nos tempos atuais: a reforma trabalhista, e os esforços realizados nos últimos meses para desonerar a folha de pagamentos dos empresários. Na visão do empresariado, a não -prorrogação desta desoneração poderá trazer efeitos destrutivos no último trimestre do ano.
 
“Estamos em uma situação de Terceira Guerra Mundial, em que podemos ser devastados caso as tributações represadas para nos ajudar neste momento difícil, sejam cobradas antes de uma recuperação real de nossas atividades. Um exemplo muito importante é a do parcelamento dos débitos trabalhistas, que precisa ser resolvida urgentemente no legislativo federal”, explica Edgar Serrano, presidente da Fenainfo e diretor financeiro do SEPRORGS.
 
MOBILIZAÇÃO
 
Um importante caminho para o setor de TI buscar as melhores condições para sua retomada produtiva está na organização coletiva e na representatividade junto aos poderes. Segundo aponta Patrícia Palermo, os legisladores precisam conhecer mais profundamente dos desafios do setor de TI e suas necessidades para recuperar sua competitividade.
 
Para a economista, isso se relaciona tanto com a reforma tributária quanto a questões trabalhistas, cujos encaminhamentos devem contar com a contribuição do setor, buscando um resultado em que todos saiam ganhando.
 
“Manter um diálogo aberto com aqueles que legislam é algo legítimo e que deve ser praticado. E a melhor forma de promover esse diálogo é através das instituições representativas”, finaliza Palermo.
 
Para Rafael Krug, presidente do SEPRORGS, a questão de representatividade deixada pela palestrante do Mesas TI se alinha diretamente com uma das principais missões assumidas pelo SEPRORGS na atual administração, que é defender os interesses do setor como um todo frente às decisões governamentais em todas as suas esferas.
 
“Em parceria com a Fenainfo e outras entidades, estamos unificando o discurso do setor para uma defesa concentrada de nossos interesses, mostrando junto aos agentes do poder público como a tecnologia confere crescimento e competitividade à nossa economia como um todo”, afirma Krug.

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