Rogério Delanhesi palestrou sobre a influência dos modelos mentais na organização das empresas de diversos setores e portes na última edição do Grupo de Gestão Empresarial do SEPRORGS, iniciativa comandada pelo diretor de TI da entidade, Marcus Sperb.
“Estamos acostumados a associar as forças e oportunidades do nosso negócio e chegar ao A mais B. Precisamos mudar esse paradigma e criar o C, que seria um novo atalho, uma forma de aplicar o novo conhecimento ao negócio”, afirmou Rogério Delanhesi na última edição do Grupo de Gestão Empresarial do SEPRORGS - Plataforma de Negócios Digitais do RS. Rogério é mestre em Design Estratégico e Especializado em Humanidades e Administração e Marketing.
Foi diretor de Marketing da Unisinos e Diretor Executivo do Sport Club Internacional, além de coordenador da Secretaria Municipal de Esportes. Essa extensão e diversa atuação na área trouxe diversos insights e maneiras abrangentes de enxergar o funcionamento de uma empresa.
Delanhesi é adepto da metodologia do metaplanejamento: antes de sistematizar de que forma a empresa deve atingir os seus objetivos, o empresário deve entender o modelo mental dos diretores da empresa e dos colaboradores que o executam.
“Sempre planejamos o que vamos fazer, mesmo que de forma não consciente”, defende o especialista. “Nosso comportamento é baseado em modelos mentais, que são definidos até os seis anos. Nessa idade, nossos atalhos e modelos mentais foram estabelecidos a partir do contexto e relações familiares que tivemos. Devido a isso, muitas vezes, trabalhamos com pessoas que mantêm os mesmos modelos de 30 anos atrás”, exemplifica Delanhesi.
Para o especialista, também é fundamental fugirmos do paradigma dualista de pensamento - herança do modelo positivista - e pensar de forma disruptiva, pensando constantemente nas possibilidades do negócio, para além do produto entregue. “Fui prestar consultoria para uma dessas fábricas que produzem cadeirinhas de bebê, quando a legislação tornou o seu uso obrigatório. Fizemos o metaplanejamento na empresa e chegamos à conclusão de que o negócio da companhia é a segurança das crianças, algo muito mais amplo”, define.
O executivo também ressaltou a necessidade de encerrar ciclos na empresa, sempre que necessário - seja um projeto ou uma equipe - ressaltou - já que é neste momento que a perspectiva de inovação aparece. E deixou a reflexão: “vocês precisam se questionar: que modelos mentais estão comandando as empresas?”.