A edição de 2017 do Festival de Interatividade e Comunicação – FIC17, realizado pela Associação Brasileira dos Agentes Digitais (ABRADI-RS) e pelo SEPRORGS - Plataforma de Negócios Digitais do Rio Grande do Sul, abordou as últimas tendências em brand, technology e design experience para mais de 1,3 mil pessoas presentes no Centro de Evento do BarraShoppingSul, nos dias 5 e 6 de outubro, em Porto Alegre.
Nas redes sociais, cerca de 1 milhão de usuários foram alcançados com a cobertura do evento, conforme levantamento da ferramenta Dinamize Live Buzz, responsável pelo monitoramento de social media do FIC.
“Foi um sucesso total e estamos satisfeitos com a repercussão do evento. Nossa missão foi entregar conhecimento em tecnologia e branding, e acredito que o cumprimos”, afirma presidente do SEPRORGS, Diogo Rossatto. "Para nós, como correalizadores, foi muito importante promover um ambiente favorável ao desenvolvimento da indústria tecnológica. Acreditamos que a tecnologia e boas ideias beneficiam quem as desenvolve e a sociedade como um todo”, complementa Donald Reis, vice-presidente e diretor de Marketing do SEPRORGS.
Em um clima descontraído e inovador, transpirando conhecimento e troca de experiência por todos os espaços e sessões, o FIC2017 contou com destaques como a palestra de Sílvio Meira, da MuchMore, que abordou com maestria os Sinais do Futuro Imediato, dentre os quais destacou o que chamou de pilares para efetivação da Transformação Digital: o papel das plataformas em habilitar conexões simples e efetivas e o olhar especial aos algoritmos, que " fazem são parte fundamental da estratégia das organizações".
Autoridade mundial em análise de conteúdo digital, o escritor Brian Solis foi o responsável pela abertura do segundo dia do FIC17, com palestra focada em seu novo livro: X-The Experience When Business Meets Design. Via web, ele palestrou diretamente dos Estados Unidos e abordou a interação entre a experiência do consumidor, do usuário e da marca no ambiente digital, permanecendo à disposição para interação com os participantes após a apresentação.
Ao todo, a maratona de 21 palestras que se desenrolou nas três salas do FIC17 também trouxe nomes como Luciana Bazanella, da White Rabbit, que falou sobre Megatrends; Pierre Mantovani, do Omelete Group, que abordou os pontos de convergência entre o meaningfull marketing e a branding experience, Fred Gelli, da Tátil Design, que defendeu a necessidade da comunicação valorizar o engajamento orgânico e criar formas de não invadir o espaço do consumidor, que deve ser livre para fazer suas próprias escolhas. “A natureza nos traz os melhores exemplos de Marketing. Ela encontra soluções inteligentes e econômicas para resolver problemas de marca, atração e fidelização”, comentou Gelli.
No painel sobre tecnologias emergentes, conduzido por Marcelo Trevisan, da CI&T - empresa que desenvolve aplicativos, com sede em Campinas - e Fabiano Hessel, da PUCRS, foram abordados os riscos de se produzir uma inteligência artificial sem que se tenha controle sobre o desenvolvimento de sua capacidade cognitiva. “A partir do momento em que a máquina sabe mais do que eu sobre meus gostos, temos um problema”, provocou Hessel.
O músico Dilson Laguna, que já fez turnê com nomes como Marcelo D2 e Negra Li, e é sócio da Flow Creative Core, que faz curadoria de música para grandes marcas, abordou o principal desafio na nova era do consumo de música. A empresa faturou em 2016 o primeiro milhão de reais e ainda, com a So Far Sounds, o profissional leva shows no formato pocket para ambientes inusitados em diversos países.
Outro destaque foi o professor e pesquisador em Comunicação Dado Schneider, que declarou o fim da era do engajamento com as marcas e afirmou que o cliente busca mesmo é satisfação durante uma experiência de consumo. Diante de um público lotado por 400 pessoas, ele sentenciou: “não existe isso de envolvimento, encantamento. As pessoas compram para satisfazer desejos. Se você conseguir isso, sua marca estará bem”.
Houve, ainda, declarações bombásticas sobre realidade virtual – como a trazida pelo COO da Árvores Experiências Imersivas, Rodrigo Terra, segundo quem este mercado crescerá 168% entre 2016 e 2017, com o impulso da tecnologia de Inteligência Artificial e do desenvolvimento de aparelhos embasados nisso para consumo cotidiano.
Já a vice-presidente de Produto e Operações do Grupo RBS, Andiara Petterle, e o vice-presidente de Mercado, Marcelo Pacheco, comandaram um painel sobre a aliança entre comunicação e inovação para o presente e o futuro das empresas, especialmente no que tange a enfrentar os desafios de inovação de modelos tradicionais ou antigos frente à inovação incessante do mundo digital.
“Nós temos a chance de mudar uma indústria e estamos fazendo algo que todo mundo no Brasil está olhando. A RBS está à frente do seu tempo”, ressaltou Pacheco. “A digitalização é um desafio relativamente pequeno, perto do que já se construiu ao longo da história do Grupo. Ao mesmo tempo em que a distribuição de conteúdo está se transformando, a relação com o consumidor está cada vez maior, e em um cenário de grandes transformações, credibilidade e comunicação integrada, a partir da jornada de consumo do público, são cruciais para marcas e negócios no futuro”, completou Andiara.
Outros especialistas, como o cientista de dados Marcelo Cappra, ponderaram que a era digital traz necessidades como a análise de algoritmos para pautar a tomada de decisões corporativas, bem como para transformar estratégias em resultados de negócio.