SEPRORGS realiza painel com candidatos ao governo do RS

26/08/2022

O SEPRORGS realizou na quinta-feira, 25, no Instituto Caldeira, um painel com cinco candidatos ao governo do Rio Grande do Sul. Focado na apresentação de demandas da Economia Digital, a fim de verificar as propostas dos aspirantes para este setor, o evento contou com as presenças de Eduardo Leite (PSDB), Onyx Lorenzoni (PL), Ricardo Jobim (Novo), Vicente Bogo (PSB) e Vieira da Cunha (PDT). Edegar Pretto (PT) e Luis Carlos Heinze (PP), que haviam sido convidados, não participaram.


 


Na apresentação e mediação do painel, o presidente do SEPRORGS, Rafael Krug, destacou a importância da TIC para o desenvolvimento de todas as áreas da atividade econômica gaúcha e nacional. “O segmento de tecnologia gera riqueza, mas também muitos empregos. A demanda por novos profissionais é grande e esse encontro é fundamental para olharmos com atenção às necessidades das empresas que promovem inovação e como podemos fomentar a economia digital”, disse.


 


Cada candidato teve quatro minutos para fazer suas considerações iniciais e o mesmo tempo para responder a duas perguntas feitas por instituições presentes.


 


A primeira pergunta foi realizada pelo vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Régis Haubert, que questionou sobre as propostas para o incentivo à criação de parques tecnológicos nos municípios. 


 


Para o candidato sorteado para a resposta, Vicente Bogo, diversificar a economia é fundamental. “O primeiro passo será fazer um planejamento a longo e médio prazo do nosso estado e analisar o respectivo potencial de cada área. O público tem que articular com o privado. Do ponto de vista empresarial, Santa Catarina está ultrapassando a gente”,acrescentou. 


 


Em seguida, foi a vez do vice-presidente de Articulação Política da Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação da Regional do Rio Grande do Sul (Assespro-RS), Fernando Nachtigall, perguntar sobre as propostas para as soluções digitais e para o desenvolvimento dos ecossistemas de inovação ao candidato sorteado Onyx Lorenzoni, que disse que, atualmente, o Brasil tem 1,5 mil serviços digitalizados. “Nossa lógica foi pró-empreendedor. Precisamos ter ousadia de inovar. Enquanto houve países que mandaram cheques para as casas durante a pandemia, usamos um aplicativo para mostrar quem podia receber o auxílio emergencial”, explicou..


 


A terceira pergunta foi feita pelo presidente da Federação Nacional das Empresas de Informática (Fenainfo) e diretor Financeiro do SEPRORGS, Edgar Serrano, que participou do painel à distância, via Zoom, pois está sediado em Miami (EUA). 


 


Por sorteio, sua pergunta foi direcionada a Leite, a quem o dirigente questionou sobre soluções para a falta de mão de obra na área de TI e como o candidato à reeleição irá fomentar as práticas inovadoras na educação na rede estadual, principalmente nas escolas de Ensino Fundamental. Leite respondeu que tem de trabalhar a partir da educação básica, incentivando o raciocínio lógico, para aproveitar ali na frente na formação tecnológica.


 


“É importante trabalharmos com as universidades para a formação de professores. A formação de mão de obra através da rede estadual e dos municípios promove a educação que leva esses jovens para a economia digital, gerando a mão de obra que o setor está precisando”, disse o ex-governador.


 


Ainda tratando do quesito educação, Leite ressaltou que o estado precisa de mais formação de talentos, mão de obra e capital humano. Para ele, investir em educação, na rede ensino estadual e na articulação com municípios é fundamental. Além disso, desenvolver capacidade de raciocínio lógico para que as pessoas se empreguem na nova economia é uma necessidade, bem como alavancar a formação de startups com recursos e desburocratização e colocar o RS no cenário nacional e internacional, atraindo iniciativas como o South Summit,que ele disse  considerar a cereja do bolo da política de inovação. 


 


A próxima pergunta foi feita pelo CEO do Instituto Caldeira, Pedro Valério, que por sorteio endereçou sua questão a Ricardo Jobim, tratando de ações concretas que o candidato planeja executar para melhor preparar os jovens para enfrentamento dos desafios dos próximos anos. 


 


Jobim destacou ser do meio da inovação, ainda que no ambiente do Direito, e ressaltou ter a visão clara do que é a tecnologia e de entender o processo que o estado precisa passar para voltar a ter mão de obra qualificada para o setor. “Somos uma bomba relógio prestes a explodir. Incentivando a educação, vamos resolver alguns problemas. Precisamos de dinheiro e investimento. Pretendemos privatizar o Banrisul e vamos priorizar investimentos na educação. O Ensino Fundamental é a base de tudo”, declarou.


 


Na sequência, o presidente do Sindilojas Porto Alegre, Arcione Piva, questionou o sorteado Vieira da Cunha sobre como viabilizar o crescimento das pequenas empresas quando estas saem da faixa de faturamento enquadrada no Simples Nacional. 


 


“Vamos encontrar caminhos para que a carga tributária não seja excessiva e que o setor possa gerar emprego e renda. Isso e a educação, para mim, têm que ter a prioridade”, disse. “As grandes empresas têm mecanismos para atravessar crises, mas os pequenos e micro, não. Precisaremos encontrar uma fórmula para entregar soluções a isso”, complementou.


 


O diretor presidente da Associação Sul-Riograndense de Apoio ao Desenvolvimento de Software (Softsul), José Antônio Antonioni, fez a próxima pergunta, tendo como respondente sorteado Vicente Bogo. Ele questionou sobre como utilizar a TI para incrementar a qualidade e eficiência na prestação de serviços públicos. 


 


Bogo respondeu que informatização dentro da estrutura é fundamental para que, online, o cidadão possa saber tudo ao seu respeito, todas as informações, todos os documentos. “O Rio Grande do Sul tem que investir progressivamente para isso. Um tema delicado é o da saúde, há um represamento de consultas. Se tiver a telemedicina, quem sabe o cidadão não precise sair de casa para a primeira consulta, por exemplo”, ressaltou o candidato. 


 


Já o presidente da Associação dos Usuários de Informática e Telecomunicações do RS (Sucesu-RS), Nilson Ayala, perguntou sobre as propostas para apoiar coworkings e o desenvolvimento de smart cities, tendo como sorteado o candidato Vieira da Cunha. 


 


“No nosso cotidiano, podemos implementar a tecnologia para ter mais segurança, por exemplo. É o caso de aplicativos para saber que horas o ônibus vai chegar: se tiver uma cidade inteligente, vou para a parada a hora que o veículo passa, diminuindo o risco de ser assaltado. A economia digital vem para facilitar a vida das pessoas. É preciso ter vontade política para utilizar os mecanismos do marco legal das startups. Com inovação e tecnologia, fazemos economia para a gestão pública e melhoramos a vida das pessoas”, respondeu Vieira da Cunha. 


 


Rafael Sebben, diretor do SEPRORGS, foi o próximo a perguntar. Tendo sorteado Onyx Lorenzoni, ele questionou as propostas do candidato para criar um programa de atração de talentos para o avanço científico e o aproveitamento dos recursos humanos no RS. 


 


“Um governo precisa ter o entendimento de que a economia digital é um espaço importante para o presente e o futuro. O governo tem que ser capaz de tirar as pedras do caminho. O Banrisul precisa entrar no mundo digital”, respondeu Lorenzoni, que também enalteceu a necessidade de explorar a Lei de Liberdade Econômica e afirmou que a UERGS ainda é analógica e precisa inovar. “Isso acontece porque ela não faz ponte entre setor privado e governo. Daqui a 20 anos o agronegócio ainda sustentará o Rio Grande ou teremos um polo de tecnologia?”, perguntou o candidato.


 


Lorenzoni destacou, ainda, a necessidade dos governantes em saber ouvir, dialogar e construir políticas públicas que transformem vidas. Para isso, segundo ele, é fundamental um ambiente favorável às empresas. “Vocês são esperança agora e são imprescindíveis para o futuro do emprego e da inovação", declarou, referindo-se aos negócios da Economia Digital. 


 


Também entrando via Zoom, já que fica sediado em Caxias do Sul, o diretor do SEPRORGS para a Serra Gaúcha, Esdras Moreira, questionou as propostas para promover o empreendedorismo e o desenvolvimento de startups de base tecnológica no estado. 


 


Sorteado para responder, Eduardo Leite destacou que já estão sendo feitas as conexões entre as startups e as grandes empresas. “Temos uma plataforma para poder fazer a conexão e formar os negócios. Um dos pontos é dar suporte financeiro, melhorar o acesso a capital de risco. Agora temos capacidade fiscal, podemos participar mais, já estamos fazendo programas a juro zero”, contou.


 


Por sua vez, o diretor regional do SEPRORGS em Pelotas, Sérgio Santi, questionou sobre a proposta para solucionar a interlocução entre as diferentes pastas e a articulação entre as secretarias. Para Ricardo Jobim, sorteado, a Procergs não está tendo a velocidade necessária. 


 


“Precisamos liderar um processo de modernização da máquina pública. A gestão precisa ser uma coisa integrada. O Estado precisa perder o ranço com o sistema privado. Precisamos dizer quais são as dificuldades e abri-las para o sistema privado. Pedir soluções. De burocracia, já estamos cheios”, respondeu o candidato, que também lançou um questionamento: “Como avançaremos se nosso material humano não estiver preparado para ter capacidade de programação? É importante avançarmos em áreas como a matemática, preparar testes lógicos para esses jovens, entre outros.Ou o RS lidera essa proposta, ou ficaremos obsoletos”, finalizou. 


 


Nas considerações finais dos candidatos, Eduardo Leite ressaltou que sabe que o último governo não deixou o RS com tudo resolvido. “Não está tudo bem. A UERGS, o RS, precisa inovar ainda mais, há muito a ser feito, e por isso mesmo me candidato a um novo mandato”, disse. 


 


Já Onyx Lorenzoni declarou que o próximo governo tem de ter fome de inovação, fome de redução de burocracia e coragem para enfrentar as corporações. “Recuperamos o Brasil, por que não podemos recuperar o RS para que seja o estado com o melhor cenário de negócios do país? Mas para isso é preciso ousadia, muita fé e bons ouvidos”, declarou.


 


Ricardo Jobim relatou que defende a aproximação com a iniciativa privada para resolver questões de ordem pública, sendo a favor de parcerias público-privadas no setor de Tecnologia. “Temos vários trabalhos no RS de referência mundial. Mesmo antes do South Summit já estávamos no mapa da inovação mundial, e agora é preciso avançar mais, melhorar a gestão intersecretarias e entre secretarias e governo, melhorar questões na saúde, como um sistema de senhas que evite filas e aglomerações para vacinação de idosos, por exemplo. O estado precisa perder o ranço que tem com o setor privado. Precisamos ter ações como as reuniões de fim de tarde que ocorrem no Instituto Caldeira, por exemplo, abrindo espaço para o setor privado e pedindo soluções”, afirmou. 


 


Já o candidato Vicente Bogo destacou que, quando foi deputado federal, de 1987 a 1991, os deputados tinham em seus gabinetes duas máquinas de escrever e nada mais. “Nós fizemos o projeto para compra do primeiro PC. Hoje, deputados votam viajando, acompanham sessão de qualquer lugar, um enorme progresso. Precisamos pensar estratégias que não custem muito ao estado, pois o estado não tem, e tragam soluções criativas. Chamar os “Ss”, como o Senai, a UERGS, as empresas de TI, nos aproximar do privado e trazer iniciativas que tragam mais produtividade ao público”, comentou. “Não queremos um estado Frankenstein, queremos um estado moderno”, complementou. 


 


Vieira da Cunha, por sua vez, ressaltou que o RS é o 4º pior Estado do Brasil em evasão do ensino médio, além de contar com 5 mil vagas abertas na TI, para as quais falta mão de obra qualificada. “Hoje, nossos jovens não têm condições de suprir estas vagas, e para onde estão indo? Eu, como já fui procurador de Justiça, digo que muitos são recrutados pelas facções criminosas. Não podemos permitir que isso continue”, ressaltou. 


 


Além de realizar o painel, o SEPRORGS também encabeça outra iniciativa para deixar os candidatos a par das principais demandas da Economia Digital. A entidade criou um manifesto, trazendo desafios e ações relacionados às mais de 17 mil empresas representadas e demonstrando passos necessários para que a TIC avance, por meio da desburocratização e do incentivo à competitividade, agregando valor ao estado, mercado e sociedade. 


 


Uma das propostas contidas no manifesto é a implantação do Programa Sandbox Regulatório em âmbito Estadual, pois trata-se de uma iniciativa para regulamentar e fomentar “ambientes regulatórios experimentais”, permitindo que empresas inovadoras operem temporariamente, de modo que os testes não danifiquem outras aplicações que já estão em funcionamento, através de determinadas regras que poderá impor limite de usuários e o período no qual o produto ou serviço poderá ser testado. 


 


Hoje, o Sandbox Regulatório é trabalhado pelo SEPRORGS em conjunto com vereadores de diversas cidades gaúchas, já estando lançado em Porto Alegre e em avançados andamentos em Pelotas, Uruguaiana, Caxias do Sul, Bento Gonçalves, Santa Maria e Canoas, com atuação direta do SEPRORGS em todas estas praças.


 


A inclusão do empreendedorismo/lógica e inovação na grade curricular também é uma das sugestões do SEPRORGS para o estado. Krug explica que a falta de profissionais qualificados para o setor tecnológico impacta negativamente no setor de TI, principalmente nos últimos anos, com o crescimento exponencial de toda indústria de software e hardware.


 


“Neste sentido, é importante a ampliação da oferta de cursos superiores de tecnologia e parcerias com instituições de ensino privadas, em face da necessidade da capacitação e da qualificação profissional”, afirma o presidente no documento, que pode ser lido integralmente no anexo. 



Para acompanhar outras ações da entidade, bem como novidades do setor acesso o portal https://www.seprorgs.org.br/


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