"Sob ataque: o dia que meu mundo parou" foi o tema da webinar do Grupo de Gestão Empresarial do SEPRORGS, no dia 21 de julho. A palestra de Jonatas Abbott, CEO da Dinamize, contou a experiência da empresa durante um ataque de ransomware à plataforma e quais medidas foram adotadas para contenção de danos, gestão da equipe e relacionamento com clientes durante esse período.
“Esses são robôs que ficam varrendo sistemas e deixando uma mensagem automática de resgate. Porém, o sequestro é falso e o dinheiro não deve ser pago”, iniciou Abbott. “Apesar dos sistemas de segurança da Dinamize, o ataque causou preocupação durante os dez dias em que o software ficou indisponível”, complementou.
Segundo ele, a Dinamize jamais cogitou ficar meia hora fora do ar, mas ficamos dez dias no escuro. Quando a gente vende serviço precisa saber que o produto é intangível. “E esse produto deixa de existir quando você fica fora do ar. Alguns concorrentes, inclusive, se aproveitaram disso para denegrir a imagem da empresa, ou mesmo vender para a nossa carteira de clientes”, disse.
Com fornecedores nos Estados Unidos, a Dinamize voltaria ao ar se ligassem os servidores em uma rede segura. Dessa forma, seria possível enxergar a dimensão do ataque no Brasil. “Porém, eles levaram mais de quatro dias para atender aos nossos chamados”, revelou.
O que descobriram depois foi que 98% dos clientes não foram atingidos pelo ataque. “O crime atingiu apenas os servidores antigos e prejudicou cerca de 80 dos 22 mil clientes. Porém, ficamos no escuro, não conseguimos ver nada”, disse. A Dinamize decidiu migrar de fornecedor em meio ao ataque. “Foram dias muito difíceis”, acrescentou Abbott.
A Dinamize foi uma das primeiras companhias atacadas no Brasil. E durante um ataque como esse, as decisões devem ser tomadas de forma rápida. “Quando uma empresa fica fora do ar você não pode divulgar imediatamente, pois vai causar um pânico na base de clientes, correndo o risco de deixar os que precisam realmente sem atendimento. Depois, claro, seja 100% transparente”, recomendou.
No Brasil, o ransomware chegou a 55% das organizações em 2021. 26% das empresas que conseguiram restaurar dados criptografados pagaram o resgate. A pesquisa anual The State of Ransomware 2022 divulgou também que 73% das companhias utilizaram o backup para a restauração de dados após um sequestro de dados.
Acompanhe as próximas edições da webinar pelo site do SEPRORGS. https://www.seprorgs.org.br/
Fonte: Aceká Marketing Digital
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