As Certezas e Incertezas da Economia no último Mesas TI de 2023

02/12/2022

As Certezas e Incertezas da Economia foram o tema da palestra da economista Patrícia Palermo no Mesas TI, realizado no dia 18 de novembro, pelo SEPRORGS, em Porto Alegre.


Segundo a economista, o mundo ainda vive os reflexos da pandemia, que aumentou o consumo, principalmente em vendas online, em todo o mundo, gerando impactos positivos e negativos.


“Os países reagiram à pandemia não de forma coordenada, mas sincronizada, resultando em um ciclo global. Na conjuntura atual, vivemos algumas sequelas da pandemia, além de outros fatores, como crise energética, incertezas pós-eleição, guerra na Ucrânia, e tudo contribui para a inflação”, comentou a especialista.


Ainda segundo Patrícia, quando se tem inflação, que é uma verdadeira máquina de destruir riquezas em sua origem, os países sabem disso e começam a reagir.


“O Brasil foi um dos primeiros países do mundo a reagir a isso e a aumentar suas taxas de juro”, destacou.


Olhando para todo esse cenário, segundo ela, o que vemos para 2023 é um cenário movido por três forças:


- Inflação que aflige o poder de compra das famílias e o custo das empresas, e a resposta dos Bancos Centrais a esse fenômeno;


- Guerra na Ucrânia, elevando nível de incerteza e pressão sobre preços relevantes;


- Redução do crescimento econômico chinês.


Com base nisso, há possibilidade de recessão, e as consequências dela podem ser uma pressão baixista sobre as commodities, resultado do alívio da demanda, mas as restrições do lado da oferta tendem a limitar quedas adicionais, particularmente no caso das commodities agrícolas e de energia.


Como boa otimista que é, Patrícia externou o que considera ser “a metade cheia do copo” como o alívio da pressão sobre a economia gerado pela menor demanda, levando a uma gradual normalização das cadeias de distribuição, o que ajudará na redução da inflação.


No Brasil, particularmente, a expectativa é de pib em crescimento de 2,77% em 2022 e de 0,70% em 2023, com melhora no cenário epidemiológico, recuperação do mercado de trabalho, estímulos fiscais (Auxílio Brasil, Saque Extraordinário do FGTS, Antecipação de 13º etc) e melhora no cenário hídrico e termos de troca.


“Poderemos crescer, se não fizermos muita bobagem”, brincou a especialista. E estabeleceu algumas conclusões:


- O cenário internacional é muito mais complicado hoje do que há 20 anos. Teremos


que ser os criadores das nossas oportunidades.


- Crescemos pouco há muito tempo, e nossas escolhas, como sociedade, parecem


chancelar esse baixo crescimento ao privilegiar políticas não horizontais.


- Em 2023 podemos até ter mais crescimento do que o estimado em virtude de


estímulos fiscais, mas na ausência de reformas relevantes é difícil acelerar esse


crescimento de forma consistente e sustentável.


- A luta contra a inflação continua em 2023 e o papel do Banco Central fica ainda


mais relevante no novo cenário.


- É fundamental estabelecermos urgentemente uma âncora fiscal crível, o que será fundamental para a dinâmica da inflação e dos juros.


Mais notícias

NEWSLETTER

Receba novidades em seu e-mail

sombra

PORTFÓLIO

Nossos associados

A J INFORMATICA LTDA
VITALBYTE
EZEX TECNOLOGIA DA INFORMACAO LTDA
CONSTRUTIVA INTERNET SOFTWARE
EAGLE INTELIGÊNCIA DIGITAL
BTI TI ESTRATEGICA
CONECTT
SOLBASE
TINY
BPSI
FATOR DIGITAL
FINANCE
IAGENTE SISTEMAS PARA COMUNICAÇÃO
CIGAM PRODALY
CONNECTION SEGURANÇA E INFRAESTRUTURA
sombra